segunda-feira, 26 de julho de 2010

Proteína: uma molécula vital


As proteínas são moléculas grandes formadas por um conjunto de aminoácidos que podem ser combinados em diferentes sequências. Elas são muito abundantes nas células vivas e desempenham funções vitais, como por exemplo a nossa expressão genética.


Aminoácidos:

Aminoácido é a unidade mais simples da proteína. Uma cadeia menor de aminoácidos forma um peptídeo (dois aminoácidos formam um dipeptídeo e três aminoácidos, um tripeptídeo) e cadeias maiores formam as proteínas, podendo uma proteína ter 400 ou mais aminoácidos. Na natureza existem 20 aminoácidos que, combinados em diferentes sequências e proporções, dão origens à diferentes tipos de proteínas. Para formá-las, os aminoácidos são unidos sequencialmente por ligações químicas chamadas ligações peptídicas. Fazendo uma comparação grosseira, é como se cada aminoácido fosse um tijolo, a ligação peptídica é o cimento colocado entre os tijolos e a proteína seria equivalente à casa como um todo.
Dizemos que as proteínas são os verdadeiros construtores do nosso organismo e abaixo você confere o por quê.

As proteínas:

As proteínas do nosso corpo podem ser exógenas, provenientes da dieta, ou endógenas, que fazem parte do pool de proteínas do próprio organismo que são geradas a partir da degradação e ressíntese delas.
A classificação ocorre de acordo com a função biológica: funções enzimáticas, de estoque, regulatórias (proteínas ligadas à síntese de DNA e hormônios), estruturais (colágeno e elastina), de proteção (imunoglobulinas), de transporte (hemoglobina, lipoproteínas) e contráteis (actina, miosina presentes nos músculos). Outra função é a de fonte energética. Quando a demanda de energia aumenta ou a ingestão está reduzida, as proteínas existentes no músculo podem ser mobilizadas a fim de fornecer energia ao organismo.
Um fator importante é a capacidade de desnaturação das proteínas. Em condições adversas de temperatura e pH, elas podem ser desnaturadas, levando a uma perda de função da proteína. Por isso, é importante que o organismo mantenha-se em temperatura constante de 36,5º e pH sanguíneo entre 7,3 e 7,4, para garantir a integridade das proteínas do organismo.

O que acontece quando você ingere proteína?

A digestão da proteína, diferentemente dos carboidratos, inicia no estômago, onde as proteínas são reduzidas a peptídeos (cadeias menores) pela ação do ácido clorídrico e da pepsina (substâncias presentes no estômago), e continua no intestino delgado, onde enzimas provenientes do pâncreas e do da mucosa intestinal terminam o processo de digestão, assim a proteína ingerida é reduzida à aminoácidos e pequenos peptídeos que serão absorvidos no intestino delgado. Esses aminoácidos são levados ao fígado através da corrente sanguínea e lá serão metabolizados. Lá, havendo necessidade, são produzidas proteínas de acordo com a necessidade do organismo. Por isso, aquela história de que comer gelatina rejuvenesce a pele por causa do colágeno presente nas gelatinas não é verdadeira. Ao ingerir o colágeno, que é uma proteína, ocorrerá a digestão e ele será reduzido à aminoácidos que poderão ser utilizados para a formação de qualquer proteína que o organismo estiver precisando mais e não necessariamente para a formação do colágeno.

Representantes na dieta:

Como visto acima, as proteínas compõem grande parte do nosso corpo e desempenham inúmeras funções vitais ao organismo. Por isso, é fundamental que ela esteja presente regularmente na dieta de todas as pessoas. Sem elas, o organismo ficará desregulado.
São os alimentos mais ricos em proteínas: peixes, carne bovina, suína e de frango, ovos, leite e derivados e leguminosas (família do feijão). Outros alimentos, apesar de serem de outros grupos da prirâmide alimentar, o grupo das hortaliças e das frutas, também oferecem proteínas ao nosso orgaismo, é o caso do abacate e dos cogumelos.
É importante ressaltar que para os vegetarianos e veganos há perfeitamente a possibilidade de ingerir a quantidade necessária de proteínas sem ingerir alimentos de origem animal. Mas é importante ter um acompanhamento nutricional rigoroso para certificar-se de que está ingerindo a quantidade diária necessária de proteínas e também de outros nutrientes cujos alimentos de origem animal são fonte, pois muitas vezes estes nutrientes não são consumidos na quantidade necessária quando os alimentos são de origem vegetal, como a vitamina B12 e ferro.

Exercício físico:


Pesquisas mostram que a medida que o exercício progride, aumenta a quantidade de uréia (subproduto da degradação proteica) plasmática no suor, concluíndo, que, dessa forma, há desintegração proteíca durante o exercício, o que acarreta uma maior necessidade protéica.
Quando o exercício torna-se um hábito, as necessidades proteicas aumentam ainda mais, pois os músculos necessitam de mais proteínas contráteis (actina e miosina) para realizar os exercícios.
Entretanto, há muitas controvérsias em relação a necessidade aumentada de proteínas para esportistas e atletas. Por isso, é necessário o acompanhamento de nutricionista e educadores físicos para aqueles que praticam atividade física.


Aproveitem as dicas, por hoje é só!
Espero por sugestões e comentários...
Muito obrigada.

Até a próxima!!!



Texto escrito com base nos conhecimentos adquiridos na aula de Química de Biomoléculas, profª Marisa H. G. Medeiros.
Fontes: Leninger, Principles of Biochemistry
http://www.rgnutri.com.br/sp/fisiologia/ddp.php
http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/CP/CP[8989-1-0].PDF
Colaborador: Jonathan Nascimento

Revisado por: Patrícia T. Fan, nutricionista. (http://www.patriciafan.com)

4 comentários:

  1. Hey, Drizinhaaa!!!
    Que graça está seu blog! Muito sua cara!!!
    E dá pra perceber que vc tá curtindo mto a facul!
    Muito legal! Amei, amei, amei!
    Bjoss

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  2. Fiquei mto brava com a história do colágeno, pensei que toda a gelatina que eu como fosse exclusivamente para produzi-lo. =/

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  3. Oi linda!
    Estive aqui...
    Nossa, qta coisa interessante. =)

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